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Já estão em andamento os estudos para reformulação das linhas de ônibus de Santo André, uma das principais cidades da região metropolitana de São Paulo, com 780 mil habitantes, mas com o sistema de transportes considerado desatualizado e que não está conseguindo ainda convencer com que as pessoas, mesmo com oferta perto de casa, deixem os deslocamentos individuais, o que tem impacto o trânsito no município cada vez pior. Entre as alterações, estão cortes de trajetos, itinerários modificados e criações de linhas, como entre a região de Vila Luzita e o Hospital Mário Covas. O desenho das linhas é basicamente o mesmo há 35 anos, desde a primeira gestão do prefeito Celso Daniel no início dos anos 1990 e, de lá prá cá, muita coisa mudou na cidade, desde o perfil econômico, deixando de ser industrial, até dos deslocamentos, com as mototáxis proliferando e se envolvendo em acidentes graves, inclusive com mortes, como já ocorreram. Além de mudanças nas linhas, investimentos na ordem de R$ 250 milhões, a maior parte em 200 ônibus com ar-condicionado, que serão colocados gradativamente no sistema até 2028, estão entre as tentativas de trazer de volta os passageiros ao transporte coletivo. O Diário do Transporte mostrou que as primeiras quatro unidades destes ônibus chegaram nesta sexta-feira, 02 de maio de 2025, na garagem da principal empresa do lote 01 da cidade, a Viação Guaianazes, líder do Consórcio União Santo André. A licitação das linhas da região da Vila Luzita, e do corredor Mário Toledo de Camargo, emperrada desde 2016, é outra promessa do prefeito Gilvan Júnior para este ano de 2025. O sistema é operado pela Suzantur, que possui frota nova também, mas em contrato provisório, o que impede investimentos em melhorias de infraestrutura.
VÍDEO DOS PRIMEIROS ÔNIBUS DE PACOTE DE R$ 200 MILHÕES EM FROTA NOVA – REPORTAGEM DAS MUDANÇAS DE LINHAs ABAIXO:
A maior parte do desenho de linhas atuais foi implantado há 35 anos, na primeira gestão do prefeito Celso Daniel, no início dos anos 1990, quando entre os avanços, foram colocadas linhas entre os dois subdistritos da cidade, que são divididos pela linha de trem.
De lá para cá, a realidade econômica, política, social e de deslocamentos mudaram.
Entre as alterações, estão cortes de trajetos, mudanças de itinerários e criações de linhas, como entre a região de Vila Luzita e o Hospital Mário Covas, que seria chamada de Linha da Saúde, por interligar hospitais e clínicas da cidade (veja os detalhes mais abaixo).
A promessa do prefeito Gilvan Júnior é que esta linha saia do papel ainda neste ano de 2025.
Além da Linha da Saúde, novas ligações devem cobrir onde há outros “buracos” na malha de Santo André, que hoje obrigam que para irem de um local para um praticamente vizinho, as pessoas enfrentem viagens demoradas, passando sempre pelo centro e, muitas vezes, tendo de trocar de ônibus, esperando muito entre uma linha e outra.
Enquanto isso, há linhas que dão muita volta e hoje servem a locais que perderam a demanda. A cidade passou por uma transformação econômica, deixando de ser industrial para ter predominância do Comércio e Serviços. Tanto é que a Avenida Industrial, que recebeu este nome por causa da quantidade de fábricas em sua extensão, hoje não tem praticamente indústria nenhuma.
INVESTIMENTOS:
A desatualização das linhas e a frota sem ar-condicionado na maior parte do sistema, além da tarifa considerada alta pela qualidade até agora oferecida (R$, 5,90), deixaram os ônibus menos competitivos não somente em relação ao transporte próprio, mas a outras modalidades individuais, como as motos por aplicativo, que se alastraram por Santo André e, além de impactarem no trânsito, estão envolvidas em diversos acidentes, muitos dos quais, com final trágico.
Foi o que ocorreu, por exemplo, em junho de 2024, em Santo André, na Grande São Paulo, a passageira de uma moto a serviço da 99 morreu após a moto invadir um corredor de ônibus e se envolver numa colisão com o coletivo da empresa Suzantur e um carro. O ônibus fazia a linha TR-101 (Terminal Vila Luzita – Terminal Santo André – Oeste), prefixo 09-919, modelo Busscar Urbanuss Pluss Articulado – Mercedes-Benz O500 MA – Euro 3, do sistema municipal
Relembre:
Era de aplicativo a moto que invadiu corredor de ônibus e matou passageira na garupa em Santo André
Para minimizar a perda de passageiros e reconquistar usuários, a prefeitura de Santo André e as empresas de ônibus anunciaram um pacote de investimentos de mais de R$ 256,42 milhões, a serem utilizados até 2028, em atualização do aplicativo que informa a previsão de chegada dos ônibus nos pontos, em abrigos de paradas e, principalmente, em frota nova. A maior parte deste valor de R$ 256,42 milhões será para a compra de 200 ônibus com ar-condicionado, que somam R$ 200 milhões.
Relembre:
O Diário do Transporte mostrou que nesta sexta-feira, 02 de maio de 2025, chegaram as quatro primeiras unidades, num lote inicial de 26 (13 midis e 13 convencionais), comprados pela empresa Viação Guaianazes, líder do Consórcio União Santo André.
Os coletivos possuem Wi-fi, câmeras, USB e vidros contra ultravioleta entre os itens.
O gerente de manutenção da Viação Guaianazes, Eliseu Ferraz, informou que os veículos possuem um tipo de configuração de corredor interno que amplia o conforto, “Além do ar-condicionado, das tomadas USB e dos vidros de tratamento contra raios ultravioleta do sol, esses ônibus, já terão Wi-Fi para acesso à internet gratuita, eles possuem câmeras de monitoramento para maior segurança no trânsito e também nos deslocamentos dos pedestres e passageiros. E a configuração possui um corredor amplo que permite um maior conforto na hora do passageiro se movimentar dentro deste tipo de modelo”, disse ao Diário do Transporte.
Os ônibus são de carroceria Mascarello e chassis Volkswagen, com motorização de modelo atual que polui 75% menos, conforme nota conjunta das fabricantes ao Diário do Transporte.
A Mascarello e a Volkswagen fornecem 26 ônibus para a Viação Guaianazes. São 13 unidades modelo Granvia sobre chassi VW 17230 com 13,20 m, 44 assentos e ar condicionado e 13 unidades modelo Granvia sobre chassi VW 15210 com 10,50 m, 34 assentos e ar condicionado
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Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes