Sexta, 09 de Maio de 2025

Gilvan: Empresas de ônibus de SA não receberão valor extra por modelos com ar-condicionado

Em resposta ao Diário do Transporte e à Rádio ABC, prefeito comentou sobre os primeiros novos ônibus que a Viação Guaianazes trouxe e que integram pacote de R$ 200 milhões, sobre linhas novas no segundo subdistrito, linha para Hospital Mário Covas e confirma licitação dos ônibus de Vila Luzita
Por janete ogawa
8 de maio de 2025 - Fonte: Diário do Transporte

Colaboraram Arthur Ferrari e Alexandre Pelegi
Todos os anos, as empresas de ônibus do Consórcio União Santo André recebem subsídios para as operações. Em 2024, por exemplo, foram cerca de R$ 30 milhões.
Mas o processo de renovação da frota, que tem ocorrido de forma gradativa com modelos dotados de ar-condicionado, motores menos poluentes e com itens de tecnologia não vai custar a mais para os cofres da cidade.
Pelo menos é o que garantiu o prefeito de Santo André, Gilvan Júnior, na manhã desta quinta-feira, 08 de maio de 2025, em resposta ao repórter e editor-chefe do Diário do Transporte, Adamo Bazani, durante entrevista a Ricardo Leite, ao vivo, na Rádio ABC. O prefeito disse que os investimentos estão previstos já na tarifa atual de R$ 5,90 (uma das mais altas da Grande São Paulo).
LINHAS NO SEGUNDO SUBDISTRITO; LINHA VILA LUZITA X PARAÍSO; LICITAÇÃO V.LUZITA
Gilvan também confirmou que a cidade terá novas linhas de ônibus interligando bairros do segundo subdistrito como o Santa Terezinha, disse que a linha Vila Luzita x Paraíso (Hospital Mário Covas) e passar por estabelecimentos de saúde está prestes a se tornar realidade em breve e reformou a promessa que ainda neste primeiro bimestre de 2025 vai ser publicada a licitação do sistema de ônibus de Vila Luzita, operado desde 2016 por meio de contrato provisório pela Suzantur que, desde então, passa por renovações. A Suzantur investiu em renovação de frota e tecnologia, mas sem um contrato de longo prazo, não é possível fazer reformas mais amplas no Terminal de Vila Luzita, no Corredor da Capitão Mário Toledo de Camargo e nem fazer mudanças mais abrangentes nas linhas atuais.
MODELOS DE ÔNIBUS QUE SANTO ANDRÉ NUNCA TEVE:
O Diário do Transporte tem mostrado que, dentro do pacote anunciado até o fim da gestão em 2028, as empresas de ônibus do Consórcio União Santo André já começaram a aplicar parte dos R$ 256,42 milhões em recursos, dos quais R$ 200 milhões apenas para a compra de 200 coletivos com ar-condicionado, e o restante em uma nova versão do aplicativo que informa a previsão de espera nos pontos e que já está no ar e a troca que está sendo realizada dos abrigos de parada.
Os primeiros ônibus com os novos recursos já estão chegando à garagem da companhia líder do Consórcio União Santo André, a Viação Guaianazes, inclusive um modelo inédito nos transportes da cidade: um midibus (maior que micro e menor que convencional) com ar-condicionado (os mídis que rodam até então são sem refrigeração). A cidade também nunca teve veículos com configuração de corredores internos otimizados como os que estão chegando de carroceria Mascarello na Viação Guaianazes.
Relembre e veja mais fotos neste link:

Primeiro ônibus do tipo midibus (micrão) com ar-condicionado, wi-fi, tratamento anti-ultravioleta nos vidros em Santo André (SP) – DIÁRIO DO TRANSPORTE NA RÁDIO ABC


LEIA NA ÍNTEGRA:
Ricardo Leite: Você falou aí sobre as questões do transporte, os ônibus com ar-condicionado que estão chegando, a gente tem abordado isso nos últimos dias. Inclusive o nosso querido Adamo Bazani, jornalista, amigo nosso, companheiraço, cara competente do site diariodotransporte.com.br, ele mandou uma pergunta aqui, se me permita a gente ouvir a pergunta para vocês, sobre essa questão dos transportes e tudo mais.
Ele vem trazendo essas informações muito boas sobre o ônibus com ar-condicionado, mas ele tem uma outra questão que também fala sobre transporte na cidade de Santo André. Podemos ouvir o João? Podemos, claro. A pergunta é um minutinho e meio, vamos lá. Vamos ouvir o nosso querido Adamo Bazani, vamos ouvir aqui. Vamos lá, agora sim.
ADAMO BAZANI Oi Ricardo Leite, ouvintes da Rádio ABC, Prefeito Gilvan. Aqui quem fala é Adamo Bazani, do Diário do Transporte, temos também a coluna no programa do Ricardo Leite sobre mobilidade em Santo André. Prefeito, a gente tem acompanhado a renovação da frota de ônibus em Santo André, os veículos estão chegando, inclusive gostaria que o senhor comentasse a qualidade desses ônibus que a Viação Guaianazes está trazendo, a primeira, são ônibus Mascarello Volkswagen com ar-condicionado, inclusive o primeiro micrão, além dos convencionais, o primeiro micrão da história da cidade com ar-condicionado, isso é muito positivo, ônibus com ar-condicionado é muito bom.
Mas, Prefeito, a gente sabe que aumenta em 30% até os custos de operação, fora que esses ônibus são mais caros, né? Para essa renovação, a Prefeitura vai conceder ou já está concedendo algum subsídio maior para as operações das empresas de ônibus, essa operação também vai ter um custo maior por causa do ar-condicionado e desses itens de tecnologia, vão ter também subsídios, lembrando que o subsídio é para a operação, mas é claro que precisa esse complemento, já que nada é de graça ou vai sair tudo da tarifa? E aproveitando, Prefeito, da última vez que a gente esteve na coletiva, o senhor falou sobre a licitação da Vila Luzita, do sistema que sai nesse semestre, a reformulação das linhas gerais da cidade que está em estudo e aquela linha tão aguardada, Vila Luzita, região da Vila Luzita, pode ser da Represa, da Vila Rica ou mesmo do Terminal até o bairro Paraíso, o Hospital Mário Covas. O senhor pode atualizar essas condições, comentar os ônibus da Guaianazes para o ar-condicionado e se vai ter subsídio a mais?
PREFEITO GILVAN JÚNIOR DE SANTO ANDRÉ EM RESPOSTA A ADAMO BAZANI E RICARDO LEITE: Bom, Adamo, que acompanha muito bem de perto o transporte, especialista em transporte público, obrigado pela pergunta. Então, como já foi falado aí, o Micrão, que é aquele micro-ônibus maior, né, que o pessoal fala, com ar-condicionado, o primeiro da história da cidade, Euro 6, então, são ônibus que contribuem com meio ambiente não poluentes, né, um ônibus realmente de uma qualidade muito boa, né, e isso não impacta diretamente no custo, porque a Prefeitura já tem feito esse subsídio, né, e com uma tarifa 5,90 reais, já é uma tarifa adequada para rodar esse tipo de transporte.
Então, vai continuar da mesma forma que está, isso foi muito bem conversado, muito bem planejado junto com a SATrans e todos os consórcios, todas as empresas. Até o final de semestre a gente deve soltar a estação da Vila Luzita e também já aproveitar e fazer essa remodelagem de linhas, né, porque a cidade é dinâmica, né, Ricardo? Então, conforme vai avançando… E o nosso sistema de transporte, as linhas, são ainda da década de 90, né, então não tem, por exemplo, uma linha que ligue a Vila Luzita ao Hospital Mário Cobras.
E como agora também a gente já criou uma nova demanda, por exemplo, no segundo subdistrito, 3 mil novos empregos gerados. Na Goodman também mais 3 mil empregos. E provavelmente vai ser para esse pessoal do segundo subdistrito, claro que pega toda a cidade, mas para o pessoal próximo. Como que a gente faz para essas pessoas se conectarem ao trabalho, ao próprio novo equipamento que vai ter ali, que é um novo mercado municipal.
Então, muito provável a gente também precisa criar uma linha no segundo subdistrito que entregue. Todas as linhas hoje do segundo subdistrito sempre ligam ao centro. Não tem nenhuma linha interna, né, que roda ali em todos os bairros. Por exemplo, o comerciante lá do bairro Santa Terezinha sempre fala para a gente, Gilvan, para eu contratar um funcionário que mora em Capuava, que mora um pouco mais distante daqui, eu não tenho uma linha de ônibus que traga esse funcionário para cá. Às vezes é mais fácil contratar alguém que está no centro do que propriamente no segundo subdistrito. Então, conforme a cidade vai avançando, a gente também precisa adequar o nosso sistema de transporte municipal.
RICARDO LEITE E ADAMO BAZANI: Gilvan, sobre a questão do subsídio, tem um valor já definido? O Adam até mandou uma pergunta aqui. Pergunta para nesse, nessa questão do subsídio dos ônibus, se tem algum valor já definido ou não
PREFEITO GILVAN JÚNIOR DE SANTO ANDRÉ EM RESPOSTA A ADAMO BAZANI E RICARDO LEITE: Ah, então, esse valor ele varia, né? Tem variação ano a ano, né? Por exemplo, no último ano, a prefeitura subsidiou cerca de 30 milhões aí para as empresas, né, para manter o transporte rodando e mantendo a tarifa, mas também cobrando esse tipo de investimento. Então, quando a gente fez aí esse último aporte, então a gente também, ó, troca de ponto de ônibus, estão sendo trocados todos os pontos de ônibus, novos ônibus, qualidade do transporte.
Então, claro que a gente faz o subsídio, mas sempre com a contrapartida, com a prestação de um bom serviço para a população. Essa é a lógica do transporte público quando a gente faz a concessão, que a prefeitura passa isso para a gestão do privado. E para ser do privado, tem que ser melhor, tem que ser mais eficiente, tem que ser que atenda para fazer sentido, porque senão a prefeitura atenderia os ônibus e contrataria os motoristas, né.
RICARDO LEITE: Antiga CMTC em São Paulo, né, que tinha. Eles faziam, eles próprios cuidavam e era complicado, né?_
PREFEITO GILVAN JÚNIOR DE SANTO ANDRÉ EM RESPOSTA A ADAMO BAZANI E RICARDO LEITE: E aí, quando a gente faz essa concessão, realmente é para que isso funcione de forma mais ágil, mais eficiente.

 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Colaboraram Arthur Ferrari e Alexandre Pelegi

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