Domingo, 15 de Junho de 2025

Câmara aprova cancelamento digital da contribuição sindical

Partidos se posicionam contra medidas de aumento de impostos
Por janete ogawa
12 de junho de 2025 - Fonte: Pleno News

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) um projeto que permite ao trabalhador cancelar a contribuição sindical de forma digital. A mudança foi incluída em uma emenda do deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) e faz parte do Projeto de Lei 1663/23, que agora segue para o Senado.

A proposta garante o direito de o trabalhador solicitar o cancelamento por email ou por aplicativos como o Gov.br. Os sindicatos também deverão oferecer esse serviço em suas plataformas. O prazo máximo para confirmar o  pedido é de dez dias úteis, sob pena de cancelamento automático.

A emenda foi aprovada com 318 votos a favor e 116 contra. A principal justificativa é facilitar a vida do trabalhador, que hoje precisa comparecer presencialmente ao sindicato para cancelar a cobrança.

O relator da proposta, deputado Ossesio Silva (Republicanos-PE), foi contra a mudança. Ele argumentou que a medida enfraquece os sindicatos e pode causar insegurança jurídica.

Deputados da oposição defenderam a digitalização do processo, afirmando que o desconto da contribuição não pode ser imposto sem autorização clara do trabalhador.

O projeto também revoga artigos antigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas esses pontos foram considerados secundários no debate.

 

 

 

 

Partidos se posicionam contra medidas de aumento de impostos

Nesta terça-feira (11), o União Brasil e o Progressistas (PP) anunciaram que vão fechar questão contra todas as medidas propostas pelo governo Lula como alternativa ao decreto que reajusta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ambos os partidos comandam ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O governo ainda não enviou a Medida Provisória (MP) com as novas propostas, mas já enfrenta resistência do Congresso devido às medidas de aumento de impostos.

– Ninguém ganha com um governo pesado (…) Taxar, taxar e taxar não será a saída, é preciso cortar despesas. Nossa arrecadação supera a média do G7; se o governo não assumir sua parte e apresentar propostas de enxugar a máquina, não vamos aceitar aumento de impostos. Vamos reunir as bancadas do Senado e da Câmara para fechar questão contra qualquer aumento de imposto que não venha acompanhado de corte de despesa – disse Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil.

A declaração foi acompanhada pelo senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP.

– Não é um anúncio contra o governo, mas a favor da sociedade brasileira. Não nos furtaremos de sentar com o governo, acho o ministro Haddad uma pessoa muito bem-intencionada. Falta ao governo transparência, previsibilidade e competência para gerir neste momento em que o país se encontra. O que está acontecendo hoje, vamos traçar um limite de quem é contra ou a favor de aumentar impostos – apontou.

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