A linha 18-Bronze do monotrilho, que deveria ligar São Bernardo à estação do Tamanduateí na capital, deve ficar para o próximo governo.
De acordo com o Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, neste ano não houve avanço no projeto, que também prevê a passagem do meio de transporte por Santo André e São Caetano.
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, 4 de abril de 2018, Pelissioni disse que o projeto pode ser “alvo do novo governo” e que a prioridade do Governo do Estado é concluir linhas que já estão em execução.
Um relatório de riscos fiscais sobre as PPPs – Parcerias Público-Privadas divulgado anteriormente pelo Governo do Estado aponta que o projeto pode custar ao menos R$ 252,4 milhões a mais aos cofres públicos estaduais.
Conforme publicado em maio de 2017 pelo Diário do Transporte, o governo paulista encontrou dificuldades no financiamento das desapropriações para a colocação dos elevados por onde deveriam circular os trens e para as estações.
A Cofiex – Comissão de Financiamento Externo, do Ministério do Planejamento, desde 2015, não dá aval para o Governo do Estado de São Paulo obter empréstimo internacional de US$ 128,7 milhões junto ao BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Inicialmente, o monotrilho do ABC deveria custar, contando os recursos públicos e privados, R$ 4,2 bilhões em 2014.
Em 2016, o valor foi corrigido para uma estimativa de R$ 4,8 bilhões e, se forem realizadas outras mudanças, a linha 18 do ABC pode ter custo que ultrapasse R$ 5 bilhões.
A linha 18-Bronze deveria ter 15,7 quilômetros de extensão, com 13 estações entre a região do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, até a estação Tamanduateí, na Capital Paulista.
Em 2015, orçamento estava em R$ 4,8 bilhões, sem previsão de entrega.
A previsão de demanda é de até 340 mil passageiros por dia, quando completo.
Como as obras não começaram, especialistas defendem outro meio de transporte para a ligação, como um corredor de ônibus BRT, que pode ser até cinco vezes mais barato com capacidade de demanda semelhante.
Em 2015, orçamento estava em R$ 4,8 bilhões, sem previsão de entrega.
A previsão de demanda é de até 340 mil passageiros por dia, quando completo.
Como as obras não começaram, especialistas defendem outro meio de transporte para a ligação, como um corredor de ônibus BRT, que pode ser até cinco vezes mais barato com capacidade de demanda semelhante.
O Consórcio VEM ABC, composto pelas empresas Primav, Cowan, Encalso e Benito Roggio, seria responsável pela construção e futura operação do monotrilho da linha 18-Bronze.
Matéria publicada no Diário do Transporte. Adamo Bazani é jornalista especializado em Transportes e colaborador da Rádio ABC.